Bem-aventurados os que sonham. Chama-os Deus poetas.*

sábado, 11 de agosto de 2012

TROVA-LEGENDA PORTO




Mudar de nau é preciso,
já-já se possível for.
– Tomai, meus irmãos, juízo;
mudai para a nau do amor!
A. A. de Assis – Maringá/PR


Vendo o navio ancorado
e o lindo sol quase posto,
sinto, lembrando o passado,
uns pingos d’água em meu rosto...
Ademar Macedo - Natal/RN

Marinheiro ao navegar,
deve ser conquistador
e nos portos que ancorar,
encontrar um novo amor!
Alberto Paco – Maringá/PR

Y veo el sol en su ocaso
sobre ese mar que está triste,
y me pregunto si acaso
me dirá porqué te fuiste,
Ángela Desirée Palacios - Venezuela

Após noite tenebrosa,
envolta em forte neblina,
chega ao porto a nau, garbosa,
que o sol nascente ilumina!
Angelica Villela Santos - Taubaté/SP

Sol posto...o tempo passando
e eu sozinho sem ninguém
feito um cargueiro esperando
a carga que nunca vem...
Antonio Juraci Siqueira – Belém/PA

De revés foi-se à deriva:
- o meu barco desprendeu
das amarras... Minha diva,
mas porque que se atreveu!
Ari Santos de Campos - Itajaí/SC

Que triste parece a nau
por estar presa, e eu também...
Das garras do "lobo mau"
não vem nos salvar ninguém!
Arnaldo Ari - Rio de Janeiro/RJ

Nascemos. E o mar da Vida
nos leva ao sabor da sorte,
até que achemos guarida
no triste porto da Morte!
Carolina Ramos – Santos/SP

- "Tanto mar a fim de mim...":
pensa a embarcação, tolhida;
quando a prisão não tem fim,
existe missão...não, vida.
Cida Vilhena – João Pessoa/PB

Estar sempre, estar ali
na alvorada ... pôr do sol ...
Ver você sempre dali,
paira em mim ... um arrebol !!
Cristina Cacossi - Bragança Pta./SP

Na tarde que se desfaz
borda, o sol, rendas no mar
com linhas de amor e paz
para o meu sonho enfeitar.
Dáguima Verônica – Santa Juliana/MG

Ao teu cais, meu barco atado,
por um nó frouxo demais,
vai sendo, aos poucos,  levado
para os braços de outro cais...
Darly O. Barros – São Paulo/SP

Ancorado, ao sol nascente,
o navio espera carga.
Porque - para tanta gente
é pesada e tão amarga?!
Diamantino Ferreira – Campos/RJ

Certo navio  atracado
num porto de lindo cais,
sonhava um tempo passado,
que  não  voltaria mais!
Delcy Canalles – Porto Alegre/RS

O sol prometeu ao dia
tua volta em nova era
e um navio a esperaria
no cais...e até hoje espera!
Dilva Moraes – Nova Friburgo/RJ

Se o bom tempo ajuda a gente,
pondo a nau para singrar,
é Deus, com sua mão quente,
que o leme vem governar.  
Dorothy Jansson Moretti – Sorocaba/SP

Não seja um navio errante
que só sonha com o mar.
Solte as cordas, navegante,
e se deixe navegar.
Eliana Jimenez – Balneário Camboriú/SC

Se a vida é um mar de ansiedade,
que te joga, que te cansa,
prende o barco da saudade
no velho cais da esperança!
Flávio Stefani – Porto Alegre/RS

Quando o navio ancorado
toma seu banho de sol,
o  casco fica dourado
pelas cores do arrebol!
Francisco José Pessoa – Fortaleza/CE

Preso ao cais, espera ansioso,
soltar as suas amarras,
para retomar o gozo
em navegações bizarras!
Gislaine Canales – Balneário Camboriú/SC

O barco que balanceia
quando vai  na correnteza,
 vence tudo que receia,
 de tão bela a natureza!
Glória Tabet Marson -  São José dos Campos/SP

No cais, sem vela, ancorado,
o barco sofre a lacuna,
de um capitão reformado
que abandonou velha escuna.
Haroldo Lyra - Fortaleza/CE

O sol reflete no mar
um corpo em forma de musa.
Com amarras, navegar
minha inspiração recusa!
João Batista Xavier Oliveira – Bauru/SP

Navio, somos iguais,
neste mundo de miséria:
tu és barco preso ao cais,
e eu, alma presa à matéria...
José Fabiano – Belo Horizonte/MG

Singrei muitos horizontes
em busca do último porto;
bebendo de muitas fontes,
só em você achei conforto.
José Feldman - Maringá/PR

Desperta o velho navio,
o luzeiro no horizonte;
sonha com o mar bravio,
nada teme no desponte.
José Marins – Curitiba/PR

En ese barco se van
todos mis sueños contigo.
Sueños que no volverán
a refugiarse conmigo.
Libia Carciofetti // Argentina

Singrei mares de agonias,
lutei contra vendavais,
para achar a calmaria,
que só encontro em teu cais!
Lisete Johnson – Porto Alegre/RS


Cais do porto lembra Santos,
a cidade onde nasci,
mas os salgados recantos
se encontram vivos aqui...
Lóla Prata - Bragança Paulista/SP

Ancla serena la barca.
Muere la tarde en el mar.
Deja en el corazón marca
conjugar el verbo amar.
Maria Cristina Fervier - Argentina

Quando vejo o sol poente
mergulhar no mar infindo,
também vejo o Onipotente,
em meio às ondas, sorrindo...
Marina Valente - Bragança Paulista/SP

Toda vez que o sol descansa,
lá no píer trinta e oito,
a vida prossegue, mansa...
A água corre e, lá, tresnoito...
Mário A. J. Zamataro – Curitiba/PR

O barco de nossas vidas,
só na hora de partir,
iça a âncora às escondidas
para ninguém pressentir...
Myrthes Masiero – São José dos Campos/SP

Vejo meu barco ancorado,
após  muito navegar;
no verão sob sol dourado,
e nas noites de luar.
Nadir Nogueira Giovanelli - São José dos Campos /SP

- Solta-me! Clama o navio
ao cais que o faz prisioneiro;
- deixa-me sair vadio
pelo mar... que é meu parceiro!
Nemésio Prata – Fortaleza/CE

Pelo amor abandonado,
hoje sou, na realidade,
velho navio ancorado
no triste cais da saudade.
Olympio Coutinho – Belo Horizonte/MG

Este sol, em pano de fundo,
grande navio ancorado,
relembram rastros do mundo,
n’algum baú do passado...
Olga Maria Dias Ferreira – Pelotas/RS

Qué paisaje tan hermoso
brinda esta estampa marina,
rayo de sol vaporoso
junto a tu imagen divina.
Rafael Ramos Nápoles - Venezuela

No mar da vida o cargueiro
a cada novo arrebol,
consolida o seu roteiro
buscando o rumo do sol!
Rodolpho Abbud – Nova Friburgo/RJ

Pensamento tão tristonho
que nos causa desconforto:
sempre deixamos um sonho
atracado em algum porto.
Secel Barcos – Cambridge/Canadá

O navio vai zarpar
e a maré, num bota-fora,
o ajuda a desatracar,
ao romper da nova aurora.
Vanda Alves da Silva – Curitiba/PR

Se é porto alegre ou se é triste,
seja inverno ou primavera,
depende de que eu aviste
teu aceno, à minha espera.
Vanda Fagundes Queiroz – Curitiba/PR

Navio triste, atracado,
sem as proezas do mar -
quem rejeita ser amado;
muito menos quer amar.
Wagner Marques Lopes - Pedro Leopoldo/MG

Com os raios de sol poente,
esquecidos no arrebol,
o mar, cuidadosamente,
bordou seu lindo lençol.
Wandira Fagundes Queiroz – Curitiba/PR

Se sua trova não foi publicada, entre em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário