Bem-aventurados os que sonham. Chama-os Deus poetas.*

domingo, 7 de outubro de 2012

TROVA-LEGENDA O BARQUINHO




Quando em criança fazia
meus barquinhos de brinquedo,
sem saber eu já sabia
que amava o mar, em segredo...
A. A. de Assis – Maringá/PR

Jurou-me fidelidade
ao entregar-lhe o anel.
Hoje resta-me a saudade
num barquinho de papel.
Adamo Pasquarelli – São José dos Campos/SP


Eu, que nunca pude obtê-las...
Sonho deste menestrel,
pus num quadro cinco estrelas,
e um barquinho de papel!
Ademar Macedo - Natal/RN

No meu tempo de criança
costumava navegar
movido a sonho e esperança
com nau de papel no mar.
Agostinho Rodrigues – Campos/RJ

Céu! Estrelas! Mar profundo!
Apenas com um pincel,
desenha-se o vasto mundo,
ou um barquinho de papel!
Alberto Paco – Maringá/PR

Meu barquinho de papel
não só conduz ilusão,
vagando de déu em déu,
te leva  o meu coração!
Amilton Maciel Monteiro – S. J. dos Campos/SP

Y en un barco de papel
se fueron todos mis sueños,
tus besos sabor a miel
quedaron en mis ensueños
Ángela Desirée Palacios – Venezuela

À noite, após a enxurrada
que o meu barquinho levou,
eu fico olhando, encantada,
o céu que Deus enfeitou...
Angelica Villela Santos - Taubaté/SP

Marujo desassombrado,
à noite trovas componho
singrando o céu estrelado
no meu barquinho de sonho!
Antonio Juraci Siqueira – Belém/PA

Meu barquinho vai ao léu,
cruzando os mares da lenda,
vai fazer da rima o véu
da bela "Trova-Legenda".
Antonio Cabral Filho – Jacarepaguá/RJ

De noite, longe eu estava
entre o mar e um lindo céu.
Em sonhos, lá navegava
num barquinho de papel.
Ari Santos de Campos - Itajaí/SC

Na infância eu ia brincar
nas poças d'água, sozinho.
As poças viraram mar
e eu continuo um barquinho.
Arlindo Tadeu Hagen – Belo Horizonte/MG

Meu barco ficou perdido.
Esperanças, quis retê-las,
pra sufocar o gemido
que o mar enviou pras estrelas.
Ayda Bochi Brum – Santiago/RS

Velho barco segue o rastro
da jovem barquinha bela.
Parece perdido o lastro,
mas, bravo, iça ainda a vela....
Bruno P. Torres – Niterói/RJ


Tão frágil, o meu barquinho
e tantos sonhos lhe dei,
que afundou no torvelinho
... e eu nadar...já nem mais sei!
Carolina Ramos – Santos/SP

No barco vou velejar
rumo às ondas da emoção,
e ao teu lado, então, viajar
nos mistérios da paixão.
Carlos Alberto Cavalcanti – Arcoverde/PE

Segui meu rumo, contrito
e em meus sonhos pude tê-las...
-Trouxe do mar, no infinito,
meu barco cheio de estrelas!
Clenir Neves Ribeiro – Austrália

Bem longe, na minha infância
o meu barquinho soltei.
Ainda sinto a fragrância
dos sonhos que acreditei...
Cristina Cacossi - Bragança Paulista./SP

Na ânsia louca de querê-las,
sem poder chegar ao céu,
minha alma alcança as estrelas
num barquinho de papel.
Dáguima Verônica – Santa Juliana/MG

No meu barco, eu não blasfemo,
nem quando o mar se encapela:
- Se a procela quebra o remo,
a esperança empresta o dela..
Darly O. Barros – São Paulo/SP

Guardo, ainda, na lembrança,
o  meu  pequeno  barquinho,
que, nas águas da esperança,
navegava, tão  sozinho!
Delcy Canalles/ RS

Lento barquinho que, às cegas
no mar da vida, encrespado,
sem menor temor – navegas
em busca do ser amado!
Diamantino Ferreira – Campos/RJ

A  beleza  de uma estrela
norteia quem é esperto,
e o barquinho com certeza
vai chegar no ponto certo.
Dilva Moraes – Nova Friburgo/RJ

Entre escolhos e asperezas,
em ventania cruel,
singro meu mar de incertezas,
num barquinho de papel.
Dorothy Jansson Moretti – Sorocaba/SP

Um barquinho num painel
em cenário tão bonito...
- São meus sonhos de papel
navegando no infinito.
Eliana Jimenez – Balneário Camboriú/SC

É de papel, o barquinho,
mas, alta, luz sua estrela...
Sulca o líquido caminho,
sonhando ser caravela.
Elisabete Aguiar – Mangualde/Portugal

Se a morte cedo me apanhe
pra ser estrela no céu,
eu quero que me acompanhe
meu barquinho de papel.
Francisco José Pessoa – Fortaleza/CE

Meu barquinho de papel,
tu recordas minha infância,
és o retrato fiel
da saudade da distância!
Gislaine Canales – Balneário Camboriú/SC

De barco, para o recanto,
fui por rio sinuoso,
e aquele pavor, no entanto,
tornou-se algo prazeroso!
Glória Tabet Marson – S. J. dos Campos/ SP

No mar da vida sonhei
com a rota certa e fiel.
Sereno, as vagas singrei
num barquinho de papel.
Haroldo Lyra – Fortaleza/CE

Navego em ondas serenas
ou mar às vezes cruel;
consciente, sou apenas
um barquinho de papel.
Jessé Nascimento - Angra dos Reis/RJ

Barco no azul estelar...
Ondas em rumo aparente...
É assim o meu navegar
vencedor contra a corrente!
João Batista Xavier Oliveira – Bauru/SP

Não lembro Papai Noel;
lembro, sim, a minha infância:
meu barquinho de papel:
leve.. solto...azul... fragrância...
João Udine – Fortaleza/CE

Meu barquinho de papel
carreguei-o de esperança!
Mas veio o tempo cruel
e deixei de ser criança...
José Fabiano – Belo Horizonte/MG

No meu tempo de criança
um barquinho de papel
carregado de esperança
naufragou... Que fim cruel!
José Feldman - Maringá/PR

Olho o céu de eterno azul,
e como fico feliz,
vendo o Cruzeiro do Sul,
emblema de meu país!
José Lucas de Barros – Natal/RN

Este céu azul de outono
a embalar os sonhos meus;
mas que pena já ter dono
este azul dos olhos teus.
José Marins – Curitiba/PR

Mi amor navega en un barco
de letras sobre el papel.
Con ilusión desembarco
un puerto seguro es el.
Libia Beatriz Carciofetti - Argentina

Meu barquinho de papel,
antes que o dia desponte,
zarpará do mar ao céu,
onde repousa o horizonte!
Lisete Johnson – Porto Alegre/RS

Duvido que esse barquinho
de papel fraco, a boiar,
escape do torvelinho
de onde está a navegar.
Lóla Prata - Bragança Paulista/SP

Num barquinho navegando,
pelas ondas, mar afora.
Assim juntos perseguindo,
nossos sonhos aqui agora...
Lora Saliba – São José dos Campos/SP

Por el mar feliz navega
mi barquito de papel.
Su viaje lejos no llega.
Mi sueño muere con él.
Maria Cristina Fervier - Argentina

Não tem velas nem tem mastros
este meu frágil barquinho,
mas sob o brilho dos astros,
de amor, vai carregadinho...
Marina Valente - Bragança Paulista/SP

Noite azul, no mar tranquilo,
brisa e leve ondulação...
Sigo a brisa e, sem vacilo,
beijo a boca da ilusão...
Mário A. J. Zamataro – Curitiba/PR

É de papel meu barquinho,
mas, num rumo meio torto,
leva meu sonho inteirinho,
vence o mar e encontra o porto...
Milton Souza – Porto Alegre/RS

Nosso amor tão sufocado
perdido em mar de incertezas,
é um barquinho abandonado
ao sabor das correntezas...
Myrthes Masiero – São José dos Campos/SP

Na lembrança , este barquinho,
navegando sobre o mar,
tua ausência, como espinho,
queria me naufragar.
Nadir Giovanelli - São José dos Campos /SP

Navegando, entre as estrelas,
do meu barco de papel,
em meus sonhos, posso vê-las
no infinito azul do céu!
Nei Garcez - Curitiba/PR

Foi num barco de papel
que encontrei inspiração
para fazer um cordel
que guardo no coração.
Neiva de Souza Fernandes – Campos/RJ

Era uma vez uma estrela
brilhante, que despencou
no mar. Hoje posso vê-la:
num barco se transformou!
Nemésio Prata – Fortaleza/CE

O barquinho vai zarpar...
E me lembro, entristecida,
que por ter medo de amar
perdi o barco da vida.
Olympio Coutinho – Belo Horizonte/MG

Meu barquinho de papel,
sobre as ondas a brincar,
navega como um batel,
sob um azul estelar...
Olga Maria Dias Ferreira – Pelotas/RS

Se o mar por insensatez,
naufragar o meu batel...
mando o recado outra vez
pelo barco de papel!
Prof. Garcia – Caicó/RN

Distante, quase perdido,
meu barquinho de papel,
ontem, multicolorido,
hoje com tons de pastel.
Secel Barcos – Cambridge/Canadá

Saudoso, eu olho a enxurrada
sem os barquinhos brincantes
e vejo que a meninada
já não brinca como antes.
Thalma Tavares – São Simão/SP

Em meus tempos de criança,
pelas poças, num tropel...
lançava minha esperança
em barquinhos de papel...
Vanda Alves da Silva – Curitiba/PR

Um barquinho deslizando
sobre a ondulação tão mansa...
parece um anjo levando
ao mundo paz e esperança.
Vanda Fagundes Queiroz – Curitiba/PR

O mar calmo não devolve
o teu triste soluçar,
porque sabe que o resolve
no seu doce marulhar.
Victor Batista – Barreiro/Portugal

Equipei o meu veleiro
e aprendi a navegar
com meu pai, meu companheiro,
um velho lobo do mar.
Wagner Marques Lopes - Pedro Leopoldo/MG

Finge o sol, quando declina,
que se cansou do fulgor ,
dando à estrela pequenina
seu momento de esplendor.
Wandira Fagundes Queiroz – Curitiba/PR

O barquinho bem navega
na turbulência da vida
as saudades que ele leva
vão para longe da partida.
Wilson de Jesus Costa – Rio de Janeiro/RJ




Todas as trovas recebidas são publicadas.
Em caso de correção ou omissão, entre em contato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário