Ousada,
a Lua assistia
pelas
frestas da janela,
nossos
corpos, na euforia,
rindo
sob os raios dela!
Meu
desejo percorreu
teu
corpo como compasso,
circulando
o que é tão meu,
na
geometria do abraço.
Sol
poente e meu veleiro
diz
adeus aos coquerais...
Voa
livre, aventureiro,
à
procura de outros cais!
Não
é à força e martelo,
que
se esculpe um cidadão!
Constrói-se,
até um castelo,
não
caráter, retidão...
Em
todas minhas passagens
por
terras, águas ou trilhos,
Deus,
sempre, adorna as paisagens
de
flores, de sóis, de brilhos!
Apesar
dos meus apelos
e
ao tempo que me maltrata,
rendo-me
ao ver meus cabelos
tingidos
de pura prata.
Só
reconhece o valor
da
claridade de um lume
quem
teve que sobrepor
trilhas
de treva e negrume.
Singrei
mares de agonia,
lutei
contra vendavais,
para
achar a calmaria
que
só encontro em teu cais.
Que
monótono seria,
se
não houvesse matizes
de
cor, de raça , de etnia,
frutos
de várias raízes!
Num mundo globalizado,
de
"Google" e "Face" em ação,
caminhamos
lado a lado,
imersos
na solidão!
Embora
meu andar cansado,
denuncie minha idade,
a
menina do passado
baila
com facilidade!
Meu
barquinho de papel,
antes
que o dia desponte,
zarpará
do mar ao céu,
onde
repousa o horizonte!
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